sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sem dimensão

Uma missão que não é minha
também não foi cumprida aos olhos de quem ver
mas a doçura espalhada no abismo
é muito fácil descrever

Ah Imensidão! Porque fizeste parte de mim desse jeito?
Tanto grão de areia e água do mar pra tanta gente
porque entraste de repende no meu peito?

É claro e de grande atenção
que tudo no mundo tem sua razão
as folhas que caem no deserto
e os cegos de olhos abertos

Queria entrar na vida de quem permite o espaço
Queria flutuar no mundo e contemplar cada pedaço
Queria ser Lua pra no impossível tocar o mar
Queria ser eclipse para nunca parar de beijar

E sou tudo o que nada parece
E pareço o que realmente sou
E viajo no meu sol que estremece
E aprendo vivendo com a dor.


~ * Tai Gomes * ~

5 comentários:

  1. Amor, vc faz meu coração vibrar cada vez que te leio..., MULHER eu TE AMO!!!!

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  2. Ah.. Sem palavras! cada vez mais perfeita ♥

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  3. Nossa... q coisa bonita... ^^

    Cada vez q leio me surpreendo com o seu talento...

    Bjs!

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  4. Tai, como tinha dito em relação a um outro poema seu,é sobre contemporaneidade. "Sem dimensão" me parece ainda mais contemporâneo. A começar pelo título: "Sem dimensão". Veja, algumas palavras me vieram à cabeça quando li: Contracultura - contemporâneidade- multidimensionalidade- relatividade.
    Pq, as pessoas parecem q tendem a pensar de uma só forma, qdo ,na verdade, as possibilidades existente são infinitas? Qdo vc diz: " Eu sou tudo o que nada parece", "Imensidão", puxa, pra mim tudo isso parece algo novo, intrigante e mais ainda, libertário.
    Interessante, qdo vc fala na 2ºestrofe Imensidão e grão de areia (coisas que, aparentemente,são distintas mas comuns em sua dimensões) o que me lembrou uma passagem da Bíblia, citada no filme Quem somos nós? (documentário sobre Física Quântica), em que Jesus diz que: o grão de mostarda é tão grande qto o Reino dos céus. Enfim, assim como o átomo e suas imensuráveis partículas elementares, que parecem nos levar há um universo, ou melhor, há universos paralelos, os quais só depende de nós sair de nosso condicionamento cotidiano e querer conhecê-los. É como a toca do coelho apressado de Alice no país das maravilhas rsrs. E as coisas são e não são ao mesmo tempo e talvez isso é que assuste um pouco a razão instrumental.
    Enfim, resumidamente, o q abstraio de contemporaneidade é esse perfeito equiíbrio das coisas que certamente, vai além da simples compreensão racional.
    Um Cheiro!

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  5. Puxah...
    O.O

    Me sinto lisongeada por todas as suas observações...
    que bom que gostou!..
    Enfim... você que tem essa contemporaneidade para ver tantas coisas em um simples poema...
    ^^
    Muito obrigada!
    xeruh

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