quinta-feira, 28 de abril de 2011

O abandono

Ao menos uma vez me encontre
nem que seja para de longe te olhar
e mesmo que a ferida sangre
não te percebes o sabor de me abandonar?

Tu pensas que gosto do gosto
de não ter seu cheiro comigo
o sofrimento foi-me imposto
e a distancia tornou-se um castigo

Minhas palavras ficaram soltas
me deixaste sem explicação
minhas pernas desnudas e envoltas
sem caminho e ao menos um chão

Te aviso meu caro colega
és a falta que rege minha vida
nenhum anel o meu dedo se apega
esperando voltares da partida

~ * Tai Gomes * ~

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Singela beleza

Minhas asas são do amor
me levitam, e trazem a luz
nos horizontes me perco
de carinho eu me cerco
escondida em um capuz

Não verás meus livres olhos
quem não possui generoso interior
Farás de muito tão pouco
Desnorteado feito um louco
Sem ter imposto algum valor

É verdade que és petulante
Não me aborda esse sentimento
Precisas viver no caminho
Não podes tecer sozinho
Compartilhas teu momento

Mas a ti escrevo a coragem
De um velho amigo escritor
Não tem nada que lhe caiba
Não tem nada que eu saiba
De mais belo que o amor

~* Tai Gomes * ~